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Atualizações Lunares

Semana de lua nova… Lua Negra!
E eu cá em plena lunação* do arcano XVIII – La Luna!!

(* nota explicativa: para quem não conhece esse conceito, lunação é a prática de escolher uma ou mais carta de algum oráculo – no meu caso, o tarô – para revelar, instruir e observar sua manifestação em sua vida ao longo de um determinado período – de novo: um mês. Entre uma lua cheia e outra. Mas isso falaremos melhor em um novo post, no futuro).

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Acredito que essas duas energias em sinergia trouxeram um impulso criativo muito forte para retomar minhas postagens neste blog. Algo como uma inspiração do intelecto instintivo que nos guia na vida, sabem como é? Pois é. Lembrei-me de uma proposta de estudo que seguia ” a long times ago” junto com minha Sorella (irmã) Strega, quando trabalhávamos feitiçaria juntas e, com base nela, resolvi sistematizar uma relação de 4 grandes editorias (ou assuntos) de postagens para o blog.

A partir de hoje, vou tentar me organizar para publicar pelo menos um post por semana sobre diferentes tipos de temas que estejam subclassificados em um dos 4 subgrupos por mim definidos abaixo:

  • Semana da lua nova: temas ligados a Stregheria e ao Ocultismo
  • Semana da lua crescente: temas  ligados a fitomagia e práticas
  • Semana da lua cheia: temas ligados a crenças e deidades
  • Semana da lua minguante: temas ligados a desconstrução de mitos e pre-concepções

Note que não por acaso, cada assunto está intimamente ligado a atmosfera energética proporcionado por cada fase lunar. E, em cada face da própria Deusa Hécate:

  • Semana da lua nova: Hécate em sua totalidade tríplice
  • Semana da lua crescente: Hécate em sua face donzela
  • Semana da lua cheia: Hécate em sua face mãe
  • Semana da lua minguante: Hécate em sua face anciã

Espero de coração que todos curtam e que eu possa não perder o fio da meada nesse cronograma. Que eu consiga subir todos os posts e estudos que eu sempre sonho em ter tempo para fazer e que só hoje eu resolvi testar para ver se dou conta.

Peço a colaboração de todos, listando abaixo, temas de cada um desses 4 grandes grupos de assuntos acima listados para que eu possa – na medida do possível – atender e me inspirar nas sugestões de todas!!!

Que Hécate Enódia (protetora dos caminhos) possa me guias nessa nova jornada!

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Invernar….

 

 Para quem roda o Hemisfério Sul, estamos oficialmente no Inverno. Época de Yule… Por aqui, o ar frio já gela os pés e a respiração. O decorrer do dia já exibe o melhor cenário subtropical em variados tons de cinza. As pessoas já transitam mais elegantes nas ruas, com suas botas e casacos. Luvas e cachecol. Os cafés já exalam aquele aroma inebriante de xícaras quentinhas e caldos, sopas que voltam a preferência geral.

Para mim, Yule marca um período de renovação e de esperança, com o nascimento da criança da promessa. Que, no meu caso tem nome e meu sobrenome, nascido em 30 de junho. Preparar seu aniversário e relembrar sua trajetória até chegar ao mundo traz a flor da pele as marcas deste período. E observar esse movimento tão particular, tão meu, em comunhão às voltas da Mãe Terra é quase como ser – petulantemente e inevitavelmente – a expressão da Deusa em vida. E reconhecê-la cá aqui dentro de mim.

Depois de um longo tempo de suspensão e adiamento do que fazer com minhas dedicações, esse inverno me trouxe a tão esperada renovação. Conhecer e reconhecer um novo espaço-tempo para viver essas práticas, agora com mais naturalidade e tranquilidade, traz para mim a esperança de – após 7 rodas ininterruptas de reverência ao ciclo da vida –  chegar a um degrau mais consistente e maduro; tanto magístico, mítico, quanto espiritual.

Apolo passou agora para sua face mais distante, a caminho de Hiperbóreas. Ártemis se recolhe no alto das copas das árvores para – na espreita – velar pela hibernação dos animais. E Leto, enfim, repousa o sono dos justos, satisfeita e aliviada por ver suas crias ganhando o mundo. Deméter, enfurecida, seca o choro da partida de sua filha. Perséfone, por sua vez, nossa Kore de outrora, entrona-se do reino dos mortos no colo do Seu Invisível. Dionísio, chega a Delfos nos braços de suas mênades e com seu vinho para o ofício oracular. E nós, meros mortais, seguimos com nossos passos sobre os rastros deixados por nossos ancestrais.

Meu desejo é tão somente poder passar mais vezes por aqui para engrossar o caldo desta Cucina Strega. Puxem uma cadeira, tragam o pão que ainda teremos muita prosa para cozinhar!


Ervas e plantas

Já está mais do que comprovado pela ciência: a natureza tem um poder incrível para prevenir e curar doenças. Em todas as Eras, em todas as comunidades, sob todos os pontos de vista (religioso, medicamentoso, gastronômico, sagrado, decorativos etc.), as plantas e ervas, flores e frutos sempre foram valorizados por suas propriedades específicas (cor, textura, perfume, gosto…). Todas aguçam e despertam nossos principais sentidos (visão, tato, olfato, paladar…) e, assim, geram os mais variados estímulos em nosso organismo (tanto físico quanto espiritual).

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Bom, como o assunto é vasto e rende muuuuuuuuuitas abordagens diferentes, quero abrir essa TAG com um apanhado bem superficial e genérico, do MEU conhecimento particular sobre algumas plantas e ervas que adquiri ao longo da minha jornada, com um misto de conhecimento popular e leitura, experimentação. Ainda não vou abordar propriedades fito-botânicas, nem sua ação mística-espiritual, alucinógena e sacra, não vou me lançar no mundo das ervas e plantas mais desconhecidas, menos ainda quero ressaltar ritos ou grandes receitas de preparo (maaaas, espero eu, IREI prepará-los sim!! Para pouco a pouco, com o devido cuidado de apuração e responsabilidade, publicar esses assuntos do jeito que eles merecem!!!)

Portanto, para começar, queria discorrer sobre um preceito fundamental, que alicerça todo o meu contato com plantas e ervas (desde já, peço licença para essa intensa divagação, já que considero vital para a manipulação de qualquer matéria com um propósito ou significação!): PRA MIM, as plantas e ervas são o contato material mais próximo e genuíno da criação divina, tal qual é toda a natureza. Por mais que cientistas e estudiosos tentem reproduzir, clonar, criar água, ar, terra, mato… Sua essência e natureza é oriunda do Universo e dessa grande força cósmica (que cada um dá o nome que gostar mais), geradora de tudo o que existe. Logo, conhecê-la e sobretudo, RESPEITÁ-LA é um indispensável compromisso, conosco e com o meio, nossa obrigação!

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Delas, tiramos inúmeros benéficos (ou malefícios!), dependendo de seu preparo e/ou utilização. E, acredito eu, mais ainda, dependendo de sua intenção. Penso que tudo no universo é energia. E energia é vibração! A ciência já desvendou como o ato de pensar gera impulsos eletromagnéticos em nossos neuróticos, responsáveis pelos estímulos elétricos que comandam nosso corpo… Ao pensar (voluntariamente ou involuntariamente), essa programação vira um gesto, uma prática. É o passar da ideia para o ato. Na ação, temos movimentação (e até sua não ação é uma movimentação). Movimento gera energia, vibração. E vibrações podem ser compatíveis ou incompatíveis com outras vibrações e energias geradas por movimentos do meio, do ambiente, do que está ao nosso redor. Movimentos esses que também vieram de um pensamento, ou consideração. É o que gosto de chamar de “mente do mundo”. Central que regula e administra o funcionamento de todas as coisas.

Para entender isso na prática: eu penso que preciso me levantar. Meu pensamento gera um impulso eletromagnético em nossos neuróticos, com o comando de “Hei! Ora de levantar o corpo”. Ao pensar, sai do meu cérebro uma programação de todos os gestos e práticas para transformar a ideia de levantar em ato. Ao me levantar, efetivamente, uma série de movimentos foram feitos: tanto dentro do meu organismo quanto do lado de fora. O peso do meu corpo teve que se ajustar a uma dada força de apoio aos meus pés, assim como o ar, o chão e o que estava em inércia, ao meu redor, com a minha não ação também teve que se ajustar a essa nova condução, de existir uma massa que trocou de lugar naquele meio em que estava. Meu movimento gerou energia, vibração. E, de novo, tanto dentro do meu organismo como fora dele. E essa energia, vibração pode entrar (ou não) em perfeita sintonia com a energia e vibração do que está ao meu redor. Se meu meio for um terreno conhecido, que eu já sei o que é necessário para ficar de pé, tudo que me circunda vai entrar em sintonia com o meu movimento e, portanto, minha energia e vibração estará em perfeita compatibilidade com a energia e vibração do ambiente. Agora, caso contrário, se ao pensar em me levantar e de fato o fazê-lo e, subitamente, eu ser surpreendida com um degrau, um obstáculo e outras situações adversas (solo frio, quente, arenoso, macio e por aí vai) minha energia e posterior vibração não estará em sintonia com a energia e vibração do que está ao meu redor. E, nessas condições, haverá um conflito, uma incompatibilidade com a energia e vibração do ambiente.

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Parece complexo, mas na verdade é bem simples. “Cogito, ergo sum” que significa “penso, logo existo”, de René Descartes. Seja você, eu ou a “Mente do Mundo” pensa, logo ela existe {AH! Cuidado!! Com esse pensamento descartiano, não deduza equivocadamente que o pensar é fruto exclusivo dos seres humanos ou do “Todo Poderoso”. Todos os reinos: mineral, vegetal, animal, físico, psíquico, espiritual “pensam”. E por pensam, quero dizer formam processo ou faculdade de gestão e/ou autogestão. É o que permite aos seres (e não seres!) modelarem o mundo de uma forma efetiva e de acordo com suas metas, planos, desejos e necessidades.

É graças a esse conceito e preceito fundamental que acredito ser possível a manipulação de plantas e ervas com um propósito, uma significação. Minha mente pensa sobre ela (assim como a Mente do Mundo!) e esse pensares geram movimentos, a partir de seus estímulos eletromagnéticos. Quando estes saem de mim, o movimento é o ato de manipular e cultivar ervas e plantas. Quando saem da Mente do Mundo, o movimento é o ato de criar e gerar ervas e plantas, tais como estás são, cada qual, com suas especificidade. Juntos, esses movimentos podem se amalgamar, entrar em sinergia e sintetizar outra coisa: uma cura, um gosto, uma limpeza etc.

Bom, isto posto, vamos deixar a parte “chata” de lado e colocar a mão na massa. Como disse, preparei um apanhado de “saberes pessoais” que costumo responder quando me perguntam “o que é bom para quê”, rsrsrs. E esses saberes, relembro, são frutos do conhecimento particular que adquiri ao longo da minha jornada, com um misto de conhecimento popular e leitura, experimentação.

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Outro dia prometo me debruçar sobre preparos: diferenças de chás e infusões. Banhos. Ervas frescas ou secas. Dentre outros. Por hora, escolhi exatamente quase tudo o que tenho em casa hoje, na minha “CUCINASTREGA“… Por isso as fotografei, tais quais aparecem no post.

ALECRIM: Atua contra gripe e inflamações. Eu não gosto no chá, mas AMO na cozinha: em batatas, legumes cozidos ou assados num geral. Arroz e dependendo da massa que combina. Trata complicações comuns em quem tem diabetes, como catarata e doenças nos rins. Melhora dores de cabeça decorrentes da má digestão e é eficaz contra a depressão.

ALHO: combate vários tipos de inflamação. Sempre uso quando estou com gripe ou inflamação na garganta. Previne trombose, pressão alta e câncer. Ah! E tem uma ótima ação antibacteriana (essa eu aprendi recentemente com uma dentista, que recomenda bocejo com água e alho para infecção bacteriana em dentes e gengivas). Cuidado: não é bom abusar, porque muito consumo de alho pode provocar dor de barriga e dor de cabeça.

 

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AZEITE DE OLIVA: além de ser um alimento natural, com alto teor da gordura que faz aumentar o tal “colesterol bom”, o azeite de oliva é considerado o óleo mais saudável em relação aos outros. Isso porque ele é rico em gordura monoinsaturada, a mais saudável de todas as gorduras. E mais: agüenta maiores temperaturas sem oxidar porque ele cria uma película que envolve o alimento e impede que este se encharque de gordura (nhaca!). Sem falar que é excelente para finalizar pratos, temperar saladas e, num modo geral, agregar sabor aos alimentos.

CAMOMILA: sinônimo de calmante e relaxante natural. Mas uma propriedade bem interessante, que eu uso bastante, da camomila é a de cicatrização de feridas (li, uma vez, que os egípcios, romanos e gregos usavam flores de camomila em um emplasto nas feridas para acelerar a cicatrização). utilizado no tratamento de má circulação, inflamações gengivais e dores de dente, má digestão, protetor térmico da pele, conjuntivite e olheiras (não deve ser aplicado diretamente aos olhos, e sim, em uma compressa), dores musculares, estresse e inflamações urinárias. Só um alerta: algumas pessoas têm reações alérgicas graves (incluindo anafilaxia) com a camomila. Se você é alérgico a outras plantas da mesma família, como a margarida, por exemplo, deve tomar muito cuidado ao usar camomila. Ela ainda deve ser evitada durante a gravidez, pois pode agir como um estimulante uterino e, portanto, aumentar a chance de aborto.

CANELA: infecção urinária, cólicas e tosse

CEBOLA: o rei da minha cozinha. Governa, ao lado do alho, absoluto! Rico em vitaminas A, B1, B2, B3, vitamina C (Ácido ascórbico), cálcio, ferro, fósforo, magnésio, potássio, sódio e silício (ufa!). O xarope natural dele é EXPETACULAR. (Prometo ensinar no blog!). A cebola ajuda a prevenir doenças cardiovasculares (ótima para o coração) e a reduzir os níveis de triglicéridos (triglicérides). E não posso deixar e citar que a cebola é super bacana para beleza da pele e dos cabelos (também irei publicar umas receitinhas, rs). E, minha mãe sempre me dizia que era “porreta” para combater doenças respiratórias (no meu caso, Asma Brônquica).

CEBOLINHA: Protege a saúde do intestino, impede a formação de coágulos no sangue, reduz a pressão arterial e controla o colesterol. Eu uso SEMPRE em tudo o que cozinho. Lembro dessa mesma avó usar um pedaço de garrafa plástica cortada para colocá-las em água, no batente da janela da cozinha. Ela adorava picar uma cebolinha em cima do arroz, na finalização do cozimento. Por isso se recomenda o consumo da cebolinha bem picadinha e crua, para garantir os benefícios à saúde.

CIDREIRA: meu chá preferido! É um eficiente calmante, analgésico, antibactericida, diurético, antidepressivo, digestivo, expectorante, desinfetante e relaxante. Ou seja, rs, tudo de bom!!! Indicada para dores abdominais, cólicas intestinais e urinárias, dores de cabeça e tosse. Auxilia no tratamento para a ansiedade, o estresse, a depressão e a insônia. Ajuda no combate de diversas doenças como o reumatismo, inflamação nos rins e doenças no fígado. Alivia a tensão muscular fazendo o corpo relaxar.

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CRAVO: esse é pra você que está sempre atrás de algo natural para emagrecer. É um poderoso repelente (acenda velas aromatizadas ou incenso com essência de cravo, verão como ele é bastante eficaz!). Além disso, o cravo é analgésico e antisséptico, acelera o metabolismo (por isso que ajudar a emagrecer), melhora as funções da tireóide, fortalece o sistema imunológico e funciona como um belo antibiótico natural.

ERVA DOCE: o chá das sementes dessa plantinha do bem é digestivo. Minha ov sempre me dizia para tomar quando estava com cólicas (menstruais, de estômago e intestino) e para diminui os gases. Também comprovei que alibis enjôo e náuseas em gestantes. Além disso, tem um sabor agradável (eu adoro!)

GENGIBRE: afrodisíaco e trata gripe, dor de garganta e má digestão. Ajuda a aliviar amigdalite, gripes, resfriados, gases, cólicas e dores musculares. Mas é bom lembrar: não é indicado para mulheres com menos de três meses de gravidez.

HORTELÃ: chamado também de SUPER CHÁ. Sabe aquela planta que é bom pra tudo?! Pois é, na dúvida: hortelã! Você nunca erra. Só ele tem, ao mesmo tempo, uma analgésica (desde dores de cabeça à cólicas severas de intestino, fígado e rins. Além disso, seu sumo, embebido em algodão pode melhorar as dores de dentes!), calmante, cardíaca (o suco de hortelã é excelente para aqueles que sofrem de problemas cardíacos, ajudando, inclusive, na redução dos níveis de colesterol), respiratória (os xaropes, feitos a base de hortelã, favorecem a expectoração, sendo fundamentais no tratamento de tosses e outros problemas de garganta), digestiva, sanguínea e até cosmética (usado em sabonetes e cremes hidrantes; pois ajuda na limpeza da pele e no trato de cravos e espinhas). Isso sem esquecer da sua ação como vermífugo natural (espantando até formiga… Basta espalhar a hortelã seca ao longo do caminho feito pelas formigas ou ainda perto de portas e janelas) e para aliviar a coceiras oriundas de picadas de insetos (basta amassar as folhas e aplicar o emplasto sobre as picadas).

LOURO: excelente para digestões difíceis ou pesadas (sabe aquela depois de uma feijoada? rsrs). Também é ótimo para cólicas e regulador do ciclo menstrual. Anti-reumático e anti-inflamatório muito eficaz, aplicado externamente, sobre a pele, o óleo de loureiro ou o bálsamo anti-reumático que se prepara com as folhas de louro, dá pra ser usados em fricções para aliviar os torcicolos, lombalgias, entorses dos tornozelos e outras dores osteomusculares (de ossos e músculos).

MANJERICÃO: meu amante na cozinha. Fresquinho então… Hummm, irresistível! Uma dermatologista, certa vez me disse que está planta é uma dos melhores aliados para um bronzeado saudável (chazinho, não ferventado, num burrifador), sabiam dessa? Além do cheiro bom é bem refrescante. Estimula o fígado e ajuda a combater insônia e dores menstruais. Os antigos o chamavam de um poderoso tônico do organismo e desinfectante digestivo. Vai super bem em massas e molhos. Também utilizado para aliviar dores de cabeça de origem nervosa, inflamações dos brônquios (inalação), vertigens, perdas de memórias e depressão. Além de ajudar a regulariza o ciclo menstrual.

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MATE: quem não sabe que a erva-mate possui uma grande quantidade de cafeína, sendo por isso, um ótimo estimulante? Dizem que também com até a depressão e ajuda nas dietas de redução de peso. Rico em vitaminas do alfabeto, rs (A, B, C, D e E) e em sais minerais como cálcio, magnésio, sódio, ferro e substâncias antioxidantes, que é o que teoricamente retarda o envelhecimento do organismo. Só atenção com o excesso!! O consumo excessivo, por conta da cafeína, pode causar nervosismo, irritabilidade, insônia, gastrite e até dependência.

PIMENTA: acredite se quiser, a pimenta – de qualquer espécie – é analgésica, antibiótica e anti-inflamatória. Em quantidades adequadas, regula o colesterol, reduz risco de infarto, alivia dores de cabeça e ajuda no tratamento da rinite alérgica (eu bem que sei!). Mas pra falar a verdade, eu não sou fã de nada picante. Nem pimenta-do-reino, para vocês terem uma ideia. Porém, uso moderadamente a pimenta branca.

SALSA: é diurética, ajuda , no funcionamento dos rins e combate vários tipo de doenças do coração. Cuidado grávidas! Porque a salsa pode provocar sangramentos.

Nossa, já me estendi além do que tinha me proposto!! É que o assunto é vasto e rende muuuuito papo. Vou retomando aos poucos. Dúvidas, sugestões e qualquer tipo de observação, por favor, enriqueçam nossaa publicação com seus comentários!!! Abaixo, alguns links “bacaninhas”:

Aprenda a cultivar temperos em casa
http://www.unimed.coop.br/pct/index.jsp?cd_canal=46078&cd_secao=46052&cd_materia=55473

Comunidade no Facebook (Ervas e Plantas)
https://www.facebook.com/ErvasEPlantas/

Ervas que curam (Documentário)
http://m.youtube.com/watch?v=mrHVbYed2Ow

Plantas e ervas medicinais
http://www.plantaseervasmedicinais.com/

Plantas que curam
http://www.plantasquecuram.com.br/

Pra encerrar, gostaria de destacar uma bela fala do Terence Mackenna, um dos mais importantes estudioso de plantas da América:

“A natureza não é nossa inimiga, para ser estuprada e conquistada. A natureza somos nós, para ser investigada e tratada com carinho”.

PS: fico devendo o Boldo. Subo nos comentários….


Lua minguante e as limpezas stregas

Seja nas luas minguantes, mudanças de estações ou mais popularmente nas viradas de ano, devotos, simpatizantes, ‘macumbeiros’ ou neopagãos de plantão logo se armam para cuidar da tradicional limpeza mágica nas casas, para abrir espaço ao novo… livre de urucas no lar, energias pesadas, miasmas e toda a carga negativa que, às vezes, perduram o ano todo.

Excelente! Nada contra a idéia. Aliás, ao contrário… sou até uma grande incentivadora e praticante dessas “faxinas de alma”, hehehe. Porque, no fundo, o que vale mesmo é essa dedicação bonita de nos preparamos para recomeçar. E, para tanto, é fundamental a correta manipulação energética, por meio de recursos e utensílios específicos, que sirvam para desmaterializar e erradicar todo o fluído ruim em torno do ambiente, né?

Sendo assim: vale de tudo: há quem curta defumação… com turíbulo ou lata furada, carvão e ervas secas, ou mesmo incenso ou essências queimadas… Há quem curta a magia do fogo e usa velas, pequenas tochas, até fogaréus para queimar toda a negatividade… Há também os preparados de ervas, essências e outros líquidos que, misturados com água, são dissolvidos no preparado de uma solução para ser passada com rodo e pano de chão em toda a casa. Claro, não esqueço aqueles que preferem trabalhar com instrumentos sagrados… vassouras, véus, até punhal ou adagas que passam e cortam todo o mal impregnado nos arredores. Uouuu… Muitas são as formas e os meios para trabalhar esse tipo de magia. O segredo, de fato, é escolher a alternativa de maior afinidade e identidade e, antes de mais nada, tomar alguns cuidados…

Não quero aqui ficar dando receitinhas de limpezas e nem tenho a pretensão (nem vontade, rs!) de ensinar ninguém a nada. O objetivo desse post, na verdade, é apenas alertar a cerca de uma prerrogativa, primordial, que frequentemente é negligenciado pela esmagadora maioria que se lança em empreitadas como essa: o encaminhamento dessas “nhacas!”, vamos chamar assim.

É só pensar no seguinte: quando a gente quer se livrar de uma coisa que não nos serve mais, o que fazemos, materialmente?
Tiramos do lugar onde ela estava, colocamos para fora de nossa casa e, simplesmente, deixamos no portão de casa para ficar ali, largado… a mercê da sorte de alguém passar por ali e levar embora?? Não!!! Quando realmente queremos nos livrar de algo, nós não apenas tiramos essa coisa do lugar como também as encaminhamos. Tiramos de dentro das nossas casas, mas já a destinamos para algum local (doamos, despachamos para o lixeiro levar…) de forma a termos garantia que aquela “tralha” não vai nos incomodar de novo, certo?

Pois bem, com a limpeza espiritual é a mesma coisa!!
Se as pessoas decidem limpar suas casas de possíveis demandas e energias ruins e negativas e que possam estar sobre o ambiente, provavelmente, subentende-se que elas vão – indiretamente – “enxotar” alguma entidade, espírito (ou o nome que quiserem dar!) que se sustentam desses fluídos degenerativos para se manter no ambiente. Assim, usando o seu método favorito de faxina espiritual, o elemento escolhido vai agir sobre o miasma, as cargas negativas, vai servir para retirar a fonte que alimenta essas más influências, os seres que só sugam as boas energias… E, se a limpeza parar por ai e não der conta de encaminhar esses fluídos, conduzindo aqueles que não querem perder o encosto do nosso lar, o que restará para essas entidades, senão vagar ao redor de sua casa, de sua família, a espera da primeira brecha, uma nova abertura psíquica, para se reapoderarem da área???

Como médium de transporte de Umbanda, filha de um Psicopompo, que leva uma vida de Constantine como a minha, eu pergunto: o que fazer então com essa “galera” que a gente enxota de dentro de nossas casas, mas que no fim, estão por aqui porque no fundo não tem para onde ir? Já que são espíritos sofredores que vagam perdidas…

Bom, eu recomendo: se você for se dedicar a uma dessas faxinas e não quer correr o risco de não saber encaminhar essas “tralhas espirituais”, atenção então à algumas premissas básicas…

  • Antes de tudo, faça uma oração de preparação e abertura dessa dedicação que pretende fazer. Limpezas espirituais são trabalhos como qualquer outro e requer a mesma harmonização e equilíbrio da sua parte como qualquer atividade ritualística que queira desenvolver. Com abertura e fechamento desse círculo de trabalho.
  • Na porta principal, de entrada, por onde entra e sai tudo de sua casa, do lado esquerdo, acenda uma vela branca e coloque um copo de água ao lado (quem gosta de incenso, pode deixar um de descarga e purificação ali também). Dedique essa vela para as equipes espirituais (divindades, santos, deuses, deidades, o que for de sua devoção) que agem na condução das almas. Que sejam responsáveis pelo encaminhamento dos que já se foram, mas que ainda se encontram vagando, perdidos pela Terra. Peça para que possam acolher aqueles que, por ventura, forem retirados de seu lar. Que se desprendem do ambiente a medida que lhes são retirados o alimento energético e vibracional para se manterem ali.
  • E, acima de tudo, torça por elas!! Torça para que elas possam, realmente, encontrar seus caminhos de evolução e crescimento, longe da sua casa e de sua família. Saibam que a vela acesa é uma forma de você mostrar uma luz para que esses seres achem seu caminho. A água é o campo que sustenta a emanação, já que é o solvente universal e um excelente condutor de energia. É o copo de água ali que vai sustentar toda a irradiação que você projetou nessa firmeza durante toda a limpeza.

Feito isso, ai sim você pode lançar mão da sua limpeza de preferência. Contudo, saiba que cada elemento trabalha com seu próprio fundamento. Não tente sair misturando todas as opções acima se não souber exatamente o que está fazendo, como está fazendo e em que ordem deve fazer. Na dúvida, escolha uma só e entregue tudo de si naquele recurso escolhido. Siga a regra de ouro de iniciar sua limpeza dos fundos para frente. É importante essa direção, porque você promove uma retirada do que está mais impregnado e a encaminha para a porta de saída, sem possibilidade de volta.

Lá, quando os fluídos e os seres que se alimentam dessas cargas chegarem na sua parta de saída, elas encontrarão a firmeza que você assentou no chão, do lado esquerdo, irradiando um verdadeiro campo vibracional que servirá de abrigo e acolhimento daqueles que não tem onde ficar. E aqueles que você dedicou a emanação dessa energia de condução e encaminhamento serão os responsáveis por receber essas descargas e levá-las para onde devem estar, de fato. Podendo deixar, assim, sua casa e sua família longe de retorno desses velhos conhecidos.

Por isso, não se esqueçam!
Seja você adepto ao reconstrucionismo egípcio, grego, celta, devoto de religão afro-brasileira, cristão e outros… Não esqueça de Anúbis, Hermes e Hécate Psicopompos, Morrighan, Omolú, Obaluayê ou do divino espírito santo!! Em todo panteon, em todas as culturas e culto, sempre haverá aquele que coloca a mão na coisa morta para encaminhá-la de volta ao lugar dela… fato!

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Uma receita de família

Uma vez, uma sorella strega, amiga minha e filha de Deméter me presenteou com os elementos mágicos de um bolo: trigo, ovos, leite… É claro que não pretendo aqui entrar no mérito magístico de cada um desses elementos, rs, (embora isso não seja tão difícil de deduzir, rsrss), mas foi pensando nisso que resgatei essa receita mais que ancestral dos meus legados de famíglia:

BOLO AMERICANO

Ingrediente:

  • 3 ovos
  • 2 xícaras de açucar
  • 3 colheres de sopa de margarina
  • 1 ½ xícara de farinha de trigo
  • ½ xícara de maisena
  • 1 colher de sopa de fermento
  • 1 xícara de leite
  • Essência de baunilha

Modo de fazer:

Misture o açucar e a margarina até formar um creme. Junte as gemas e misture bem. Alterne o leite, a farinha com maisena até dar o ponto. No fim junte o fermento, as claras batidas em neve e a baunilha a gosto. Ponha em uma forma redonda, com furo no centro e leve ao forno até dourar.

O original dessa receita está num velho livro amarelado de receitas da minha avó. Ela guardava porque tinha conseguido por meio daquelas coleções de marca de farinha e açucar. E, quando eu me lembro do cheiro de bolo mineiro (ancestralidade da minha avó por parte de mãe), saído fresco do forno, com aquele cafezinho fraquinho (doce!) e as mulheres significativas da minha família em torno da mesa… Ai sim!!! Eu entendo o que é stregheria e os mitos de ancestralidade feminina.

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Meu deipnon de Hécate (ou Jantar à Trívia)

Numa segunda de lua nova, como prevê o Reconstrucionismo Helênico no Brasil (RHB), foi dia de Deipnon a Hécate. Lá fui eu preparar uma “janta” a minha Deusa. (E pode haver espaço onde uma strega se sinta mais a vontade do que na cozinha??)

Na verdade, a jantinha foi uma comida muito simples mesmo: fiz uma receita de Bruschetta Siciliana que eu ganhei da minha mãe italiana. Comprei pão italiano, assei algumas fatias, primeiro só com alho puro e ralado no pão, temperado com azeite extra virgem. Depois que tirei do forno, eu fiz uma massinha a base de um ovo mexido, tomate cereja picado e manjericão temperado. E, com essa massa, levei novamente ao forno, para dar aquela apurada no sabor, para depois me servir com um pouco de licor.

Cozinhar essa receitinha, tão simples, mas não de qualquer jeito… com uma feitura dedicada e manuseio ritualístico foi algo muito bacana, de uma intensidade tremenda que, para mim, toda strega de verdade precisa experimentar. Seja lá sua tradição voltada a um culto religioso ou não, a feitura e manipulação do alimento com finos propósitos destinados já faz qualquer feitiçaria ficar no chinelo com tamanha façanha.

No fim, acendi o castiçal tríplice para ela, com velas azul escuro, vermelha e prata; para ser uma espécie de jantar a luz de vela, só para mim e para Ela!

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Toda bruxa tem uma vassoura em uma das mãos…

(…) e, na outra, muita água, um balde, rodo e sabão!!

Afinal, trabalho magístico, feitiço e ritual é tudo muito lindo, bonito, gostoso… Mas na boa? Não servem DE NADA se não refletirem o concreto, a matéria, o real!

Em todos os meus anos de trabalho com a espiritualidade, mediunidade e bruxaria, confesso que continuo a me perguntar como pode até hoje (com tanto acesso a informação e troca de opiniões), ainda existir quem acredite que é mais importante focar na vibração do astral do que a energia do ambiente material propriamente dito?! Ou pior, quem acha que uma coisa não tem vínculo com a outra e mais! Freqüentemente são aquelas que atribuem toda responsabilidade de seus ofícios ao poder da mentalização, à habilidade intuitiva e moldes grosseiros e antiquados.

Sinceramente… Isso me lastima!

Se há uma coisa que aprendi na Umbanda, como filha de Santo, é que o espaço onde reservamos para a realização dos nossos trabalhos, bem como o nosso corpo e nossas vestes dedicadas ao contato com o plano astral são sempre a fina expressão de um Templo. E, como todo templo, sua condição é sagrada!

E como templo, sua função nobre, muito maior do que podemos imaginar, é o de ser um espaço consagrado às divindades. Nesses locais (que podem ser tanto o ambiente físico quanto corpo material) existem campos eletromagnéticos, criados e estabelecidos pela firme presença de irradiações divinas, que inundam a tudo e a todos com suas essências religiosas, flambadas de fé e mistério. E se devidamente preparadas, são capazes de estabelecer um poderoso portal entre dimensões, um verdadeiro canal de comunicação.

Assim, como tudo e todos somos seres imantados de energia e, portanto, estamos sempre regidos pelas Leis Naturais existente no Universo; não dá para deixar de lado o princípio da afinidade e da polaridade. Ordem que determina as compatibilidades vibracionais existente na matéria, onde “similares se aproximam e distintos se repelem”.

 Se começamos qualquer que seja a dedicação mágico-espiritual, em um local sujo, rodeado por bagunças e coisas fora do lugar… com resto de consumo de outros dias (garrafas, louças e afins)… com móveis empoeirados, o recinto cheirando a mofo ou a umidade… Ou ainda, se entregamos o nosso próprio corpo à prática astral, suados, repleto de impurezas de um dia de trabalho, de excessos e de adversidades… Sem um banho de higiene antes, quiçá uma limpeza espiritual, com banho de ervas, defumação (ainda que com incenso!) ou, ao menos, uma prece, uma oração pura… Com roupas amassadas, machadas, sem nenhum tipo de dedicação ou cuidado… Vem a pergunta: nessas circunstâncias, que tipo de energia estará compatíveis por afinidade?

E ao contrário, se começamos nossas atribuições com a devida limpeza e fluidificação de um local, bem limpo, arejado e iluminado… Se cuidarmos dos acessórios usados com bom senso e organicidade, sem conferir aquele aspecto de bagunça e desordem… Se separarmos o vestuário adequado, passado e aromatizado… E ainda, cuidamos do banho de higiene com o mesmo afinco que o banho de proteção e defesa… Tudo com muita água, sabão, incenso e – às vezes – até sal grosso, ervas e preparados… Com que tipo de deidade vai haver compatibilidade?!

Por essas e outras que eu digo: athame é ótimo, corta as urucas de perto de nós. Caldeirão é excelente para gestar e cozinhas nossos sonhos, nossos desejos. A varinha mágica é uma maravilha para direcionar energia e delimitar círculos. Mas, sinceramente? Uma boa vassoura meeesmo, muita água, balde e sabão são MELHORES ainda para começarmos, antes de tudo, estabelecer o verdadeiro ofício de toda bruxa: o de ter, literalmente, a mão na massa!!

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